domingo, 8 de novembro de 2009

Os girassóis e nós.


Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.



A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.



Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.



Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.



Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.



Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.



O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.



Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.



Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.



A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.



Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.



Sejamos como os girassóis...



Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.



Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.



Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.



Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

Pe.Fábio de Mello

” Certamente um dia eu passarei, porque tudo na vida passa, mas o amor que doei, este jamais passará, por isso o dou sem reservas e sem espera de devoluções!”
“O sofrimento não pode deter nossa potencialidade de amar”.

A superação da dor, gera vida!!!




Quem nunca sentiu uma dor tão grande e tão profunda que já não tenha pronunciado a frase:

- “Doeu tanto que fiquei paralisado, ou a dor era tão grande que nem doeu, ou ainda, doeu tanto que me calou, nem pude reagir!?

As dores tem um potencial de “trava”, umas mais fortes e outras menos potentes, porém a dor é sempre dor…

Me deparando com o potencial que esta pequena palavra tem, pude analisar minhas dores e tocando-as pude perceber que em alguns momentos, a dor foi tão grande e profunda que me calei, calei-me por falta de argumentos…

Há momentos que sofremos a fatalidade da dor não bater simplesmente a porta, mas adentrá-la arrombando as estruturas, ela chega rapidamente e como uma visita permanente senta-se no centro de nosso coração, se aloja, se instá-la de forma a desconfortar-nos e fica….

Até que nós corajosamente arranquemos de dentro de nós esta visita indesejável e se é visita uma hora tem que ir embora e saiba com nossa ajuda cedo ou tarde ela irá…

Não se pode curtir a dor, as perdas fazem parte da vida, mas permanecer na dor é desacreditar do amor, é minar o significado da vida…

Portanto quando estou passando por algum momento de dores intensas, as vivo, choro, me dou este tempo… É importantíssimo que tenhamos este tempo de descarregar, lavar o cano de nosso interior com nossas lagrimas, até que chegue a hora que decidimos fechar a torneira, a dor e seus motivos para doer permanecem ali, não irão embora sozinhas, é preciso não somente mostrar-lhe a porta é preciso empurrá-la para fora…

Falar da dor ajuda, mas as vezes falamos tanto de forma negativa que a tornamos forte e potente…

Chegou o dia, esta é a hora coloque a visita inoportuna para correr e tranque a porta, reforce-a com amor, cuidados de si e uma boa dose de coragem, ela é muito persistente tentará voltar e quem sabe ficará por muito tempo do lado de fora da porta, mas somente você terá a capacidade de deixá-la ou não entrar…

Não falo aqui da dor física simplesmente, esta também tem dia para chegar e para ir embora, esta requer também cuidados para que não volte… Mas falo aqui da dor da alma, de feridas causadas no interior que muitas vezes quem causa não tem a percepção do outro, nem sempre feri conscientemente…

Mandar a dor embora não se trata de mero perdão, é preciso sim perdoar, liberar o perdão é não manter quem nos feriu cativo dentro de nós, porém há dores que estão além do perdão e nem sempre o liberar o perdão a arrancará, então é preciso liberar o perdão a quem nos feriu e mandar a dor ir embora…

Mesmo que sua alma sinta hoje as feridas causas por dores e perdas, coloque os olhos do positivismo e veja que em cada dor o jardineiro da alma plantou a arvore da superação e a regou com doses de amor, porque é somente ele quem cura…

Não se deixe paralisar, arranque hoje com raiz e tudo o que te impede de caminhar, abra as janelas deixe o sol entrar e caminhe rumo ao novo, porque todo fim é um começo…

Não fique esperando que alguém venha fazer florir sua alma, ao contrário dê hoje uma boa limpeza arrancando dela o que não a deixa florir e alimente o que gera vida…

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


"A Chave da Felicidade Pertence...
A qualquer pessoa
Que vê nas coisas mais simples como a vida é boa.
É acordar sendo positivo.
É resolver seus problemas sem fazer mal a ninguém,
É ir sempre adiante, no caminho do bem.
É nunca ter temor.
É sempre fazer amigos com o coração cheio de amor.
É dar a mão para aqueles que precisam.
É ter laços de amor tanto na família, quanto fora dela.
É a certeza de que vamos conseguir vencer,
E que por toda nossa vida, nenhum mal vai nos deter.
É encher o coração de bondade e, com certeza, teremos encontrado a “Chave da Felicidade“.

O desuso humano, desumaniza a alma!!!


Vínculos duradouros de relacionamentos caíram no desuso…

Tudo agora é passageiro…

Namoro é ficar…

Casamento é loteria…

Os amigos ficaram “sem sal”, que tal trocar?

Trocar e trocar…

Uso e desuso…

Assim estamos fazendo com os nossos relacionamentos, trocamos de amigos a cada momento que nos aparece um melhor e mais interessante, nem olhamos para traz, pegamos o que nos pertence e partimos para o mundo…

Criar intimidade caiu no desuso, somos capazes de falar dos outros, mas não somos capazes de falar de nós mesmos, porque não nos conhecemos como somos de fato…

Deixamos que os outros adentrem somente em nossa sala interna de estar, onde tudo esta organizado, quando este alguém se atreve a entrar no interior de nosso quarto, se torna ameaça… O melhor então é mudar…

Usamos e nos deixamos usar, não percebemos que quando descartamos alguém na verdade estamos a descartar nós mesmos, porque este alguém reflete o meu eu como num espelho…

Vale ressaltar que não estamos aqui abrangendo os vários tipos de relacionamentos que muitas vezes são para nós impossíveis e se continuarmos nele seria letal…

Estamos aqui falando de relacionamentos que precisam passar pela arte da fecundação, a arte de desvendar a alma de alguém e isso é tarefa de artesão, é cotidiano, árduo, mas deslumbrante…

É precisa estar ciente que quando chegarmos na matéria intima do produto poderemos afirmar se amamos ou não tal individuo, porque ama quem tem coragem de olhar o todo do outro , não apenas a parte…

A parte que lhe é favorável sempre será bela e ficara a mostra na sala de estar, o obscuro que precisa de amor, o amor tem essa capacidade de acender os cômodos da casa interior, mas isso não será feito sozinho, porque a todo homem e a toda mulher foi dado uma companhia, não falo aqui de cônjuges, falo de seres humanos que não foram criados para o isolamento, foram criados para produzir mesmo nunca sendo pai ou mãe, porque produzir nada mais é do que gerar vida na vida de um ser, que ainda não a encontrou e por isso caminha errante… É o amigo que tem essa potencialidade de colocar luz na sala de seu amigo e abrir suas janelas, no ficar não conseguiremos isso, é preciso permanecer, somente o a amor permanece, a paixão é maravilhosa mais é passageira…

Cuidado com amigos que só lhe trazem o calor da paixão e se agarre aos que te fixam os pés no chão mas te fazem tocar o céu …